Evangelho

27 de Janeiro - Ano C

Lucas 1,1-4;4;14-21

Aleluia, aleluia, aleluia.
Foi o Senhor quem me mandou boas notícias anunciar; ao pobre, a quem está no cativeiro, libertação eu vou proclamar! (Lc 4,18)

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
1 1 Muitos empreenderam compor uma história dos acontecimentos que se realizaram entre nós,
2 como no-los transmitiram aqueles que foram desde o princípio testemunhas oculares e que se tornaram ministros da palavra.
3 Também a mim me pareceu bem, depois de haver diligentemente investigado tudo desde o princípio, escrevê-los para ti segundo a ordem, excelentíssimo Teófilo,
4 para que conheças a solidez daqueles ensinamentos que tens recebido.
14 Jesus então, cheio da força do Espírito, voltou para a Galiléia. E a sua fama divulgou-se por toda a região.
15 Ele ensinava nas sinagogas e era aclamado por todos.
16 Dirigiu-se a Nazaré, onde se havia criado. Entrou na sinagoga em dia de sábado, segundo o seu costume, e levantou-se para ler.
17 Foi-lhe dado o livro do profeta Isaías. Desenrolando o livro, escolheu a passagem onde está escrito:
18 “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu; e enviou-me para anunciar a boa nova aos pobres, para sarar os contritos de coração,
19 para anunciar aos cativos a redenção, aos cegos a restauração da vista, para pôr em liberdade os cativos, para publicar o ano da graça do Senhor”.
20 E enrolando o livro, deu-o ao ministro e sentou-se; todos quantos estavam na sinagoga tinham os olhos fixos nele.
21 Ele começou a dizer-lhes: “Hoje se cumpriu este oráculo que vós acabais de ouvir”.
Palavra da Salvação.



ComentÁrio do Evangelho
AS ESCRITURAS REALIZADAS
O texto do profeta Isaías, lido na sinagoga de Nazaré, foi usado por Jesus para explicar sua identidade e missão. O profeta, num contexto bem determinado da história de Israel, falara do Messias a ser enviado por Deus, com a tarefa de trazer libertação para a humanidade: libertar as vítimas da pobreza, os encarcerados, os cegos, os cativos de toda sorte de opressão; enfim, todos os que padeciam qualquer sorte de escravidão.
Ao longo dos séculos, a esperança pela vinda deste Cristo libertador foi calorosamente acalentada no coração dos oprimidos, sem, contudo, vê-la realizada.
Jesus identificou-se com a pessoa messiânica descrita pelo profeta. Sentiu-se, pois, chamado a viver o que, outrora, Isaías tinha anunciado. Sua vida deveria tomar o rumo indicado no texto profético, que também haveria de ser seu referencial inspirador. Sabia-se chamado a concretizar o projeto de Messias libertador, conforme o profeta anunciara. Por isso, colocar-se-ia a serviço de todos os deserdados deste mundo, vítimas do egoísmo, para resgatar-lhes a dignidade e inseri-los no Reino querido pelo Pai.
Ao proclamar que esse texto da Escritura havia sido nele realizado, Jesus assumia um compromisso concreto de se tornar servidor dos pobres.

Oração
Espírito missionário, conforma minha vida com a de Jesus, colocando-me a serviço da libertação dos mais pobres e sofredores.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Leitura
Neemias 8,2-6.8-10
Leitura do livro de Neemias.
8 2 O sacerdote Esdras trouxe a lei diante da assembléia de homens, mulheres e de todas (as crianças) que fossem capazes de compreender. Era o primeiro dia do sétimo mês.
3 Esdras fez então a leitura da lei, na praça que ficava diante da porta da Água, desde a manhã até o meio-dia, na presença dos homens, mulheres e das (crianças) capazes de compreender; todos escutavam atentamente a leitura.
4 O escriba Esdras postou-se num estrado de madeira que haviam construído para a ocasião; a seu lado encontravam-se, à direita, Matatias, Semeías, Anias, Urias, Helcias e Maasias; à esquerda, Fadaías, Misael, Melquias, Hasum, Hasbadana, Zacarias e Mosolão.
5 Esdras abriu o livro à vista do povo todo; ele estava, com efeito, elevado acima da multidão. Quando o escriba abriu o livro, todo o povo levantou-se.
6 Esdras bendisse o Senhor, o grande Deus; ao que todo o povo respondeu, levantando as mãos: “Amém! Amém!” Depois inclinaram-se e prostraram-se diante do Senhor com a face por terra.
8 Liam distintamente no livro da lei de Deus, e explicavam o sentido, de maneira que se pudesse compreender a leitura.
9 Depois Neemias, o governador, Esdras, sacerdote e escriba, e os levitas que instruíam o povo, disseram a toda a multidão:” Este é um dia de festa consagrado ao Senhor, nosso Deus; não haja nem aflição, nem lágrimas”. Porque todos choravam ao ouvir as palavras da lei.
10 Neemias disse-lhes: “Ide para as vossas casas, fazei um bom jantar, tomai bebidas doces, e reparti com aqueles que nada têm pronto; porque este dia é um dia de festa consagrado ao nosso Senhor; não haja tristeza, porque a alegria do Senhor será a vossa força”.
Palavra do Senhor.
Salmo 18B/19
Vossas palavras, Senhor, são espírito e vida!

A lei do Senhor Deus é perfeita,
conforto para a alma!
O testemunho do Senhor é fiel,
sabedoria dos humildes.

Os preceitos do Senhor são precisos,
alegria ao coração,
o mandamento do Senhor é brilhante,
para os olhos é uma luz.

É puro o temor do Senhor,
imutável para sempre.
Os julgamentos do Senhor são corretos
e justos igualmente.

Que vos agrade o cantar dos meus lábios
e a voz da minha alma;
que ela chegue até vós, ó Senhor,
meu rochedo e redentor!