Evangelho

01 de Novembro - Ano B

Lucas 13,31-35

Aleluia, aleluia, aleluia.

Bendito é o rei que vem em nome do Senhor! Glória a Deus nos altos céus e na terra paz aos homens! (Lc 19,38;2,14)

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
13 31 No mesmo dia chegaram alguns dos fariseus, dizendo a Jesus: “Sai e vai-te daqui, porque Herodes te quer matar”.
32 Disse-lhes ele: “Ide dizer a essa raposa: eis que expulso demônios e faço curas hoje e amanhã; e ao terceiro dia terminarei a minha vida.
33 É necessário, todavia, que eu caminhe hoje, amanhã e depois de amanhã, porque não é admissível que um profeta morra fora de Jerusalém.
34 Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os enviados de Deus, quantas vezes quis ajuntar os teus filhos, como a galinha abriga a sua ninhada debaixo das asas, mas não o quiseste!
35 Eis que vos ficará deserta a vossa casa. Digo-vos, porém, que não me vereis até que venha o dia em que digais: ‘Bendito o que vem em nome do Senhor!’”
Palavra da Salvação.




ComentÁrio do Evangelho
A CORAGEM DO PROFETA
É admirável que os fariseus, adversários confessos de Jesus, tivessem se preocupado com a sua segurança. Aparentemente, talvez quisessem protegê-lo contra a violência de Herodes que,  já tendo eliminado João Batista, talvez quisesse fazer o mesmo com Jesus. 
O Mestre, porém, não se deixou convencer pela boa intenção deles e os tratou como se fossem mensageiros de Herodes. Por meio dos próprios fariseus, Jesus enviou uma mensagem para o representante do poder romano, a quem chamou de raposa, de forma a desmascarar-lhe a astúcia: seu projeto missionário não seria modificado por medo de ninguém; ele seguiria o caminho traçado pelo Pai e não admitiria interferências no seu processo de obediência à vontade dele.
A atitude corajosa de Jesus fazia lembrar a dos antigos profetas de Israel, que não se deixavam demover por intimidação de espécie alguma. Uma vez conscientes de terem recebido de Deus uma missão, seguiam adiante, superando desprezos, perseguição, torturas e, até mesmo, a morte. A firmeza e a coragem dos profetas só encontram explicação na consciência que tinham de estarem a serviço de Deus.
Quanto a Jesus, nem o conselho hipócrita dos fariseus, nem as ameaças de Herodes haveriam de detê-lo no seu caminho. Todos eles desconheciam o quanto Jesus era fiel ao Pai.

Oração
Senhor Jesus, que eu não perca a coragem diante das ameaças que deverei enfrentar no caminho de serviço ao Reino.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Leitura
Efésios 6,10-20
Leitura da carta de são Paulo aos Efésios.
6 10 Finalmente, irmãos, fortalecei-vos no Senhor, pelo seu soberano poder.
11 Revesti-vos da armadura de Deus, para que possais resistir às ciladas do demônio.
12 Pois não é contra homens de carne e sangue que temos de lutar, mas contra os principados e potestades, contra os príncipes deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal (espalhadas) nos ares.
13 Tomai, por tanto, a armadura de Deus, para que possais resistir nos dias maus e manter-vos inabaláveis no cumprimento do vosso dever.
14 Ficai alerta, à cintura cingidos com a verdade, o corpo vestido com a couraça da justiça,
15 e os pés calçados de prontidão para anunciar o Evangelho da paz.
16 Sobretudo, embraçai o escudo da fé, com que possais apagar todos os dardos inflamados do Maligno.
17 Tomai, enfim, o capacete da salvação e a espada do Espírito, isto é, a palavra de Deus.
18 Intensificai as vossas invocações e súplicas. Orai em toda circunstância, pelo Espírito, no qual perseverai em intensa vigília de súplica por todos os cristãos.
19 E orai também por mim, para que me seja dado anunciar corajosamente o mistério do Evangelho,
20 do qual eu sou embaixador, prisioneiro. E que eu saiba apregoá-lo publicamente, e com desassombro, como é meu dever!
Palavra do Senhor.
Salmo 143/144
Bendito seja o Senhor, meu rochedo!

Bendito seja o Senhor, meu rochedo,
Que adestrou minhas mãos para a luta
E os meus dedos treinou para a guerra!

Ele é meu amor, meu refúgio,
Libertador, fortaleza e abrigo;
É meu escudo: é nele que espero,
Ele submete as nações a meus pés.

Um canto novo, meu Deus, vou cantar-vos,
Nas dez cordas da harpa louvar-vos,
A vós que dais a vitória aos reis
E salvais vosso servo Davi.