Evangelho

08 de Junho - Ano B

Marcos 12,35-37

Aleluia, aleluia, aleluia.
Quem me ama, realmente, guardará minha palavra e meu Pai o amará, e a ele nós viremos (Jo 14,23).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos.
12 35 Continuava Jesus a ensinar no templo e propôs esta questão: “Como dizem os escribas que Cristo é o filho de Davi?
36 Pois o mesmo Davi diz, inspirado pelo Espírito Santo: ‘Disse o Senhor a meu Senhor: senta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos sob os teus pés’.
37 Ora, se o próprio Davi o chama Senhor, como então é ele seu filho?” E a grande multidão ouvia-o com satisfação.
Palavra da Salvação.



ComentÁrio do Evangelho
QUESTIONANDO UMA CRENÇA
A crença de que o Messias descenderia de Davi vinha de longa data. No início da monarquia, Deus prometera suscitar para Davi um descendente que o sucedesse no trono, de maneira a consolidar a realeza. A relação entre Deus e o monarca seria como a de pai e filho: "Eu serei para ele um pai, e ele será meu filho". O Senhor comprometia-se a garantir a estabilidade do trono real de Israel, a fim de que subsistisse para sempre.
O fim da monarquia deu lugar à crença de que, no final do tempos, Deus haveria de suscitar um descendente de Davi, para restaurar Israel. Esta esperança messiânica era muito viva no tempo de Jesus. Aliás, ele mesmo foi identificado como filho de Davi.
Contudo, Jesus olhava com reservas para esta antiga tradição, e a questionou servindo-se da citação de um salmo. Considerado do rei Davi, este salmo refere-se a alguém superior a seu autor: "Disse o Senhor ao meu Senhor". O Messias não seria um descendente de Davi, mas seu Senhor. Por conseguinte, deveria ser procurado fora da descendência davídica. Fixar-se na continuidade dinástica, ao longo dos tempos, poderia levar a identificações enganosas.
Relativizado o critério davídico, Jesus sugere aos ouvintes perguntar-se por uma outra identidade do Messias. Não seria ele o Filho de Deus?

Oração
Espírito do Messias Jesus, leva-me a compreender que o Pai realizou sua promessa, enviando-nos seu Filho como penhor de salvação.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Leitura
2 Timóteo 3,10-17
Leitura da segunda carta de são Paulo a Timóteo.
3 10 Tu, pelo contrário, te aplicaste a seguir-me de perto na minha doutrina, no meu modo de vida, nos meus planos, na minha fé, na minha paciência, na minha caridade, na minha constância,
11 nas minhas perseguições, nas provações que me sobrevieram em Antioquia, em Icônio, em Listra. Que perseguições tive que sofrer! E de todas me livrou o Senhor.
12 Pois todos os que quiserem viver piedosamente, em Jesus Cristo, terão de sofrer a perseguição.
13 Mas os homens perversos e impostores irão de mal a pior, sedutores e seduzidos.
14 Tu, porém, permanece firme naquilo que aprendeste e creste. Sabes de quem aprendeste.
15 E desde a infância conheces as Sagradas Escrituras e sabes que elas têm o condão de te proporcionar a sabedoria que conduz à salvação, pela fé em Jesus Cristo.
16 Toda a Escritura é inspirada por Deus, e útil para ensinar, para repreender, para corrigir e para formar na justiça.
17 Por ela, o homem de Deus se torna perfeito, capacitado para toda boa obra.
Palavra do Senhor.
Salmo 118/119
Os que amam vossa lei têm grande paz!

Tantos são os que me afligem e perseguem,
mas eu nunca deixarei vossa aliança!

Vossa palavra é fundada na verdade,
os vossos justos julgamentos são eternos.

Os poderosos me perseguem sem motivo;
meu coração, porém, só teme a vossa lei.

Os que amam vossa lei têm grande paz,
e não há nada que os faça tropeçar.

Ó Senhor, de vós espero a salvação,
pois eu cumpro sem cessar vossos preceitos.

Serei fiel à vossa lei, vossa aliança;
os meus caminhos estão todos ante vós.