Evangelho

28 de Junho - Ano B

Mateus 7,21-29

Aleluia, aleluia, aleluia.
Quem me ama realmente guardará minha palavra e meu Pai o amará, e a ele nós viremos (Jo 14,23).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 7 21 “Nem todo aquele que me diz: Senhor, Senhor, entrará no Reino dos céus, mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus.
22 Muitos me dirão naquele dia: ‘Senhor, Senhor, não pregamos nós em vosso nome, e não foi em vosso nome que expulsamos os demônios e fizemos muitos milagres?’
23 E, no entanto, eu lhes direi: Nunca vos conheci. Retirai-vos de mim, operários maus!
24 Aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as põe em prática é semelhante a um homem prudente, que edificou sua casa sobre a rocha.
25 Caiu a chuva, vieram as enchentes, sopraram os ventos e investiram contra aquela casa; ela, porém, não caiu, porque estava edificada na rocha.
26 Mas aquele que ouve as minhas palavras e não as põe em prática é semelhante a um homem insensato, que construiu sua casa na areia.
27 Caiu a chuva, vieram as enchentes, sopraram os ventos e investiram contra aquela casa; ela caiu e grande foi a sua ruína”.
28 Quando Jesus terminou o discurso, a multidão ficou impressionada com a sua doutrina. 29 Com efeito, ele a ensinava como quem tinha autoridade e não como os seus escribas.
Palavra da Salvação.



ComentÁrio do Evangelho
O DISCÍPULO PRUDENTE

O discípulo do Reino é convidado a aderir à mensagem de Jesus, de modo a deixá-la permear todos os meandros de sua existência e levá-lo a agir de maneira compatível com sua opção. Não basta uma aceitação puramente intelectual da mensagem. Nem, tampouco, limitar-se à profissão verbal da fé em Jesus. A condição de discípulo é expressa com a vida.

Pautar a vida pelas palavras de Jesus é sinal de sensatez. Uma vida assim alicerçada prepara o discípulo para enfrentar toda sorte de contradições e dificuldades, sem se deixar abalar. Embora seu modo de vida o transforme em alvo de seus adversários, nem por isso ele pensa em desanimar. Antes, continua impávido seu caminho.

Não pautar a vida pelas palavras de Jesus é sinal de insensatez. A condição de discípulo, neste caso, não passa de mera formalidade. Jesus não chega a ser realmente o Senhor de sua vida. Resultado, será incapaz de manter-se de pé quando sua fé for submetida à prova. Então, será revelada a fragilidade de sua opção pelo Reino.

Jesus denunciou a existência de pessoas deste segundo tipo na comunidade cristã. Eles profetizavam, exorcizavam, faziam milagres em seu nome. Mas, ele mesmo declara desconhecê-los. Pelo fato de não se submeterem, realmente, à vontade do Pai do céu, seu agir aparentemente bom se tornava prática de iniqüidade. Eles não eram discípulos.

Oração
Senhor Jesus, dá-me a sensatez necessária para que eu deixe tuas palavras transformarem toda a minha existência.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Leitura
2 Reis 24,8-15
Leitura do segundo livro dos Reis.
24 8 Joaquin tinha dezoito anos quando começou a reinar, e reinou durante três meses em Jerusalém. Sua mãe chamava-se Noesta, filha de Elnatã, e era natural de Jerusalém.
9 Fez o mal aos olhos do Senhor, como o tinha feito seu pai.
10 Foi nesse tempo que vieram os homens de Nabucodonosor, rei de Babilônia, contra Jerusalém, e sitiaram-na.
11 Depois, Nabucodonosor veio pessoalmente diante da cidade, enquanto suas tropas a sitiavam.
12 Joaquin, rei de Judá, foi ter com o rei de Babilônia, ele e sua mãe, suas tropas, seus oficiais e seus eunucos; e o rei de Babilônia o prendeu. Isso foi no oitavo ano de seu reinado.
13 E como o Senhor tinha anunciado, levou dali todos os tesouros do templo do Senhor e do palácio real, e quebrou todos os objetos de ouro que Salomão, rei de Israel, tinha feito para o santuário do Senhor.
14 Levou para o cativeiro toda a Jerusalém, todos os chefes e todos os homens de valor, ao todo dez mil, com todos os ferreiros e artífices; só deixou os pobres.
15 Deportou Joaquin para Babilônia, com sua mãe, suas mulheres, os eunucos do rei e os grandes da terra.
16 Todos os homens de valor, em número de sete mil, os ferreiros e os artífices, em número de mil, e todos os homens aptos para a guerra, o rei de Babilônia os deportou para Babilônia.
17 Em lugar de Joaquin, o rei de Babilônia constituiu rei seu tio Matanias, cujo nome mudou para Sedecias.
Palavra do Senhor.
Salmo 78/79
Por vosso nome e vossa glória,
Libertai-nos, ó Senhor.

Invadiram vossa herança os infiéis,
profanaram, ó Senhor, o vosso Templo,
Jerusalém foi reduzida a ruínas!
Lançaram aos abutres como pasto
os cadáveres dos vossos servidores;
e às feras da floresta entregaram
os corpos dos fiéis, vossos eleitos.

Derramaram o seu sangue como água
em torno das muralhas de Sião,
e não houve quem lhes desse sepultura!
Nós nos tornamos o opróbrio dos vizinhos,
um objeto de desprezo e zombaria
para os povos e àqueles que nos cercam.
Mas até quando, ò Senhor, veremos isto?
Conservareis eternamente a vossa irá?
Como fogo arderá a vossa cólera?

Não lembreis as nossas culpas do passado,
mas venha logo sobre nós vossa bondade,
pois estamos humilhados em extremo.
Ajudai-nos, nosso Deus e salvador!
Por vosso nome e vossa glória, libertai-nos!
Por vosso nome, perdoai nossos pecados!